Israel intensifica operação militar na Faixa de Gaza

No dia 7 de outubro, o grupo palestino realizou ataques contra Israel, desencadeando uma resposta imediata por parte das forças israelenses. A ofensiva evoluiu para uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, com foco nas cidades de Beit Hanoun e Bureij. As tropas israelenses avançaram em direção à Cidade de Gaza, capital do território, onde está localizada a administração do Hamas e edifícios militares, de acordo com informações do jornal.

As autoridades israelenses acreditam que o Hamas está utilizando uma rede de túneis subterrâneos em Gaza para se esconder e manter reféns, o que levou o exército de Israel a cercar e atacar hospitais na região. Essas instalações de saúde já enfrentavam dificuldades devido à falta de eletricidade e suprimentos médicos, e agora também abrigam palestinos que tiveram suas casas destruídas pelos ataques.

Após a conquista de uma trégua temporária no final de novembro, os combates entre o Hamas e Israel foram retomados no início de dezembro, devido a acusações mútuas de desrespeito ao acordo. Durante esse período, o grupo palestino libertou 114 reféns israelenses em troca de mulheres e meninas palestinas que estavam detidas em Israel.

Apesar da trégua, Israel retomou os ataques em Gaza, ampliando as áreas atingidas pelo poder aéreo, inclusive locais que haviam sido indicados como refúgio para palestinos deslocados. Segundo o professor Danny Orbach, historiador militar da Universidade Hebraica de Jerusalém, as Forças de Defesa de Israel (FDI) adotaram a estratégia de utilizar bombardeios aéreos maciços, seguidos por incursões terrestres cada vez mais amplas à medida que reforçam seu domínio sobre o território.