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Senador manifesta preocupação com a escalada de tensões entre Venezuela e Guiana e alerta para risco de violência na fronteira com Roraima.






Nesta segunda-feira (11), o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) expressou sua preocupação diante da escalada de tensões na América do Sul. Durante seu pronunciamento no Plenário, o senador alertou para o conflito entre Venezuela e Guiana e apontou o risco de violência na fronteira com o estado de Roraima (RR). Rodrigues ressaltou que a proposta de criação de uma província em Essequibo, território da Guiana reivindicado pela Venezuela, feita pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro em 5 de dezembro, é motivo de apreensão.

O senador explanou sobre as origens do conflito territorial, remontando ao início do século XIX, quando a Venezuela se tornou independente da Espanha e a Guiana era um território britânico. Houve uma disputa sobre a partilha do território ao norte do Brasil, levando a uma comissão internacional arbitrar a questão de Essequibo e, em 1899, um laudo favoreceu os britânicos. A Venezuela nunca aceitou essa decisão, fato que permanece como uma fonte de conflito até os dias atuais.

O principal ponto de preocupação para o senador é o potencial impacto no Brasil, especialmente em Roraima, já que as principais rotas entre Venezuela e Essequibo passam pelo estado. Ele destacou a importância de fortalecer a presença do Exército Brasileiro na região e ressaltou possíveis alinhamentos Leste–Oeste no conflito, mencionando o envolvimento dos Estados Unidos e da Rússia.

Rodrigues enfatizou que o Brasil é o único país com capacidade de liderar um processo de negociação que resulte em uma resolução pacífica do conflito. Ele apontou que o Brasil, por sua tradição diplomática e sua importância geopolítica e geoestratégica na América Latina, possui a responsabilidade de atuar como mediador. O senador mencionou a necessidade de evitar um conflito anunciado entre Guiana e Venezuela e expressou a esperança de que o Brasil, por meio de sua diplomacia e seu papel nas organizações internacionais, possa levar as duas nações a um acordo pacífico.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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