
Na diplomacia sul-americana, os presidentes brasileiros e argentinos tradicionalmente atendem às posses uns dos outros. No entanto, no passado houve exceções. É o caso de Jair Bolsonaro, que ficou ausente em 2019 na posse de Alberto Fernández. Na época, o ex-presidente enviou seu vice, Hamilton Mourão, para representá-lo. Por outro lado, a ex-presidente Dilma Rousseff deixou as divergências ideológicas de lado e participou da cerimônia de eleição de Mauricio Macri (2015-2019).
Além do chanceler brasileiro, pela América Latina, também estão presentes líderes como Gabriel Boric, do Chile, e Luis Lacalle Pou, do Uruguai.
Pela Europa, Itália, França e Reino Unido enviaram ministros de seus respectivos governos. A Espanha prestigia Milei com a presença do rei Felipe VI.
Os únicos países europeus que enviam seus chefes de Governo são Hungria, com o primeiro-ministro Viktor Orban e a Ucrânia, com o presidente Volodymyr Zelensky.
Bolsonaro
Um ponto fora da curva nas delegações estrangeiras é a presença do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (2018-2022), que foi convidado para a posse pelo próprio futuro mandatário da Argentina.
O agora inelegível político brasileiro reuniu-se nesta sexta-feira (08/12) com Milei em Buenos Aires, em que declarou ser “inimigo da esquerda”.
No final do encontro, o ex-presidente brasileiro considerou que “foi uma conversa entre amigos” na qual também esteve presente a futura ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, entre outros representantes que tomam posse neste domingo (10/12).
Bolsonaro também reuniu-se com o húngaro Órban neste sábado (09/12). “A direita está crescendo não apenas na Europa, mas em todo o mundo”, escreveu Orbán, no Twitter, ao final do encontro.
(*) Com Ansa