Ministério da Saúde prevê nível epidêmico de dengue na Região Centro-Oeste do Brasil para 2024

A situação de alerta também se estende à Região Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde há potencial epidêmico para a dengue no próximo ano. No Sul, o Paraná foi classificado como um estado com um alto potencial para casos de dengue, enquanto no Nordeste, os casos devem aumentar, mas ainda abaixo do limiar epidêmico.
Os dados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) revelam que 30,2% dos municípios analisados apresentam classificação de alerta para infestação do mosquito, totalizando 1.506 municípios. Além disso, 3,7% foram classificados como de risco, totalizando 189 municípios. Os outros 65,9% obtiveram uma classificação satisfatória.
A maior parte dos criadouros do mosquito da dengue em 2023 foi encontrada nos domicílios, em locais como vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção, como sanitários estocados e canos. Depósitos de armazenamento de água elevados e no nível do solo aparecem como o segundo maior foco de procriação dos mosquitos, seguido por depósitos de pneus e lixo.
A pesquisa é realizada através da amostragem de imóveis e criadouros com água positivos para larvas de Aedes aegypti no âmbito municipal, sendo os dados consolidados pelos estados e encaminhados ao Ministério da Saúde.
Diante dessas previsões e dados preocupantes, a necessidade de ações efetivas de combate ao mosquito Aedes aegypti se faz urgente, exigindo medidas tanto do poder público quanto da população em geral para evitar uma possível epidemia de dengue em 2024.