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Ministro da Pesca nega acordo comercial para importação de tilápias do Vietnã e defende produtores nacionais em audiência no Senado.







Ministro da Pesca nega entendimento comercial para importação de tilápias do Vietnã

Ministro da Pesca nega entendimento comercial para importação de tilápias do Vietnã

O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, compareceu nesta quarta-feira (6) à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para negar a existência de qualquer acordo comercial com o Vietnã para a importação de tilápias. Em sua fala, ele ressaltou o empenho do ministério na defesa dos produtores nacionais de pescado.

“O governo não propôs, discutiu, negociou ou assinou qualquer tipo de acordo comercial relacionado a esse assunto. Após consultar outros órgãos do governo, podemos afirmar, com certeza, que esse acordo não existe”, declarou o ministro, citando notas do Ministério de Relações Exteriores e do próprio Ministério da Pesca que afirmam a inexistência do acordo.

André de Paula lembrou ainda aos membros da CRA que qualquer acordo comercial precisaria da concordância do Congresso para entrar em vigor.

A audiência pública foi promovida atendendo requerimento (REQ 32/2023 – CRA) do senador Jorge Seif (PL-SC), que citou a recente assinatura de instrumento bilateral entre Brasil e Vietnã na área de agropecuária. Durante a audiência, Seif expressou sua preocupação com a possível abertura do país à importação de tilápias, cobrando medidas de protecionismo para proteger os piscicultores nacionais.

No entanto, em resposta, o ministro esclareceu que o acordo assinado foi de cooperação técnica e não afetará o produtor brasileiro. Ele reiterou que o Ministério da Pesca está atento a qualquer ameaça aos produtores nacionais e que tomará medidas para assegurar maior competitividade para o mercado brasileiro.

Ações do ministério

Com o auxílio da secretária nacional de Monitoramento e Pesquisas, Flávia Lucena Fredou, o titular do Ministério da Pesca destacou aos senadores o apoio ao seguro-defeso e a “tolerância zero” contra fraudes, incluindo a preocupação permanente com o uso de mecanismos de combate a distorções na concessão do benefício.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) cobrou o levantamento de dados “fidedignos e idôneos” para evitar restrições excessivas à pesca industrial da tainha em Santa Catarina. Em resposta, Flávia Fredou salientou a importância de fortalecer o mercado, enquanto o secretário-executivo do Ministério da Pesca, Carlos Cesar de Mello Júnior, tranquilizou os catarinenses afirmando que todos terão a oportunidade de pescar no próximo ano.

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) lembrou do potencial inexplorado para a produção de pescado no Brasil e criticou entraves da legislação e a falta de ajuste com o Ministério do Meio Ambiente.

Ibama

Jorge Seif criticou o Ibama por aplicar multas a pescadores por pesca incidental, sem base legal. André de Paula, por sua vez, afirmou apostar no diálogo com o Ibama e disse esperar que a atualização da legislação evite punições injustas aos pescadores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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