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Governo brasileiro planeja retirar 900 brasileiros de Israel e Palestina devido ao conflito entre Israel e o grupo Hamas.

O governo brasileiro está realizando a retirada de 900 brasileiros que estão em Israel e na Palestina devido ao conflito entre os dois países. A ação está sendo coordenada pelo comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, que informou que as operações estão ocorrendo desde terça-feira (10) e devem se estender até sábado (14). As listas estão sendo coordenadas com o Ministério das Relações Exteriores para garantir a prioridade de repatriação para aqueles que moram no Brasil ou não têm passagem de volta.

Até o momento, cerca de 1,7 mil brasileiros manifestaram interesse em retornar ao Brasil por causa do conflito. A maioria é composta por turistas que estão em Israel. Três brasileiros continuam desaparecidos. O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota recomendando que todos os brasileiros que possuem passagens aéreas ou condições de adquiri-las embarquem em voos comerciais do aeroporto de Ben-Gurion, em Israel, que continua operando.

Para a retirada dos brasileiros, foram reservadas seis aeronaves. O segundo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu da Base Aérea de Brasília rumo à cidade de Roma, na Itália, de onde seguirá para Tel Aviv, em Israel. O primeiro avião já está na capital italiana e deve decolar em direção a Tel Aviv até esta terça-feira (10). Trata-se de um Airbus A330-200 convertido em KC-30, com capacidade para 230 passageiros.

Em relação aos brasileiros que estão na Faixa de Gaza, o governo brasileiro está preparando um plano de evacuação coordenado pela Embaixada do Brasil no Cairo, no Egito. Estima-se que cerca de 30 brasileiros vivem na Faixa de Gaza e outros 60 estão em Ascalão e em localidades na zona de conflito. Já em Israel, a embaixada brasileira já tinha informações de cerca de 1 mil brasileiros interessados em retornar ao Brasil.

O conflito entre Israel e o grupo Hamas já dura três dias. Israel convocou 300 mil reservistas, realizou mais de 2 mil bombardeios à Faixa de Gaza e impôs um bloqueio à região, enquanto o Hamas ameaça executar reféns israelenses para cada bomba disparada por Israel que atingir civis. Segundo o grupo, são mais de 100 prisioneiros. Até o momento, mais de 1.500 mortes foram identificadas, sendo 900 em Israel e 600 em Gaza, com 5 mil feridos.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um apelo à ajuda humanitária internacional aos civis palestinos na Faixa de Gaza e pediu o fim dos ataques. O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, solicitou a intervenção da ONU para impedir a “agressão israelita em curso”. Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, propôs um governo de união nacional com a participação de líderes de oposição, ressaltando que as ações são apenas o início da retaliação ao Hamas.

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