Ativistas ocupam palco do Museu do Amanhã para leitura de carta final da Cúpula Social do Mercosul com demandas sociais e políticas públicas.
Entre as demandas presentes na carta, ganham destaque a defesa e fortalecimento da democracia, a integração regional, o respeito às minorias, o combate a discriminações, a agricultura familiar, a garantia da soberania alimentar, a superação das desigualdades raciais, étnicas, econômicas e de gênero, e a defesa de povos indígenas e originários. Além disso, os ativistas criticaram o acordo de livre comércio que está sendo discutido entre o Mercosul e a União Europeia, alegando que os termos negociados colocam em risco a sabedoria de nossos povos e territórios.
A representante da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro), Mariana Duarte, ressaltou a importância da participação social na transformação da sociedade e espera que os presidentes dos países integrantes do Mercosul recebam o documento e construam os próximos caminhos do bloco em cima do que o movimento social está propondo. A uruguaia Eugenia Godoy, representante do Movimento de Participação Popular (MPP), reivindicou a institucionalização da participação social para que as demandas sejam escutadas de forma constante.
Após o encerramento da Cúpula Social, o Museu do Amanhã passou por uma varredura de segurança para receber autoridades nos próximos dias. Estão previstas reuniões de ministros das Relações Exteriores e da Fazenda, seguidas de encontro entre os presidentes dos países do Mercosul. Os temas que devem ocupar a agenda incluem as negociações do acordo de comércio com a União Europeia, a concretização de um tratado com Singapura e a mudança de governo na Argentina.
O Mercosul, formado inicialmente pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, é um processo de integração regional que abrange uma área de 14.869.775 quilômetros quadrados e uma população de 295 milhões de habitantes. A participação social tem sido destacada como fundamental para consolidar e expandir direitos no bloco.
