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Lula reafirma determinação em salvaguardar acordo comercial entre Mercosul e União Europeia em meio a resistências e ceticismo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu compromisso em não desistir do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que foi aprovado em 2019 após mais de duas décadas de negociações. Lula enfrenta a resistência de países como a França, que se opõem à entrada em vigor do acordo. A próxima Cúpula do Mercosul, que acontecerá quinta-feira (7) no Rio de Janeiro, será crucial, já que em 10 de dezembro, Javier Milei assumirá a presidência da Argentina e ele se manifestou contra o acordo durante a campanha.

O Brasil está sob a presidência do Mercosul e é um momento decisivo para a conclusão das negociações com o bloco europeu. Em meio a esse contexto, Lula está em Berlim e teve discussões com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, demonstrando a importância da aproximação entre as regiões em um mundo de crescente fragmentação política.

No domingo (3), Lula reiterou seu compromisso com o acordo, afirmando que a falta de um acordo comercial não seria por falta de vontade da América do Sul, mas sim devido ao protecionismo europeu. Durante a Conferência do Clima em Dubai, Lula se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, na tentativa de avançar com as negociações.

A Alemanha demonstrou apoio ao acordo, com o chanceler Olaf Scholz afirmando estar empenhado em fazer esforços adicionais para sua conclusão. No entanto, o tratado precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu e pelo Parlamento Europeu, além de ser ratificado pelos parlamentos de todos os países do Mercosul e da União Europeia para entrar em vigor. O acordo abrange questões tarifárias e regulatórias, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

Lula deixou claro seu comprometimento em avançar com o acordo, afirmando que continuará lutando por sua conclusão, ressaltando a importância de avançar nos acordos comerciais, políticos e econômicos. Embora o caminho para a ratificação ainda seja desafiador, Lula se mantém otimista e determinado a buscar o apoio de todos os envolvidos para concluir o tão esperado acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

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