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Brasil propõe plano de expansão de terras aráveis sem desmatamento e criação de fundo internacional na COP28.







Plano de expansão de terras aráveis do Brasil sem desmatamento

Durante a Conferência das Partes (COP28), o governo brasileiro apresentou um ambicioso plano de expansão de terras aráveis sem desmatamento. As propostas incluem a reabilitação de terras degradadas e a criação de um fundo internacional para a preservação das florestas tropicais em 80 países.

O presidente brasileiro enfatizou a seriedade do programa de recuperação de quase 40 milhões de hectares de terras degradadas, afirmando que isso poderá dobrar a produção agrícola do país, mantendo ao mesmo tempo a preservação ambiental. Ele destacou os avanços da genética e da engenharia como fundamentais para alcançar esse objetivo.

Uma das propostas apresentadas pelo Brasil é a criação de um Fundo para Países Tropicais, que prevê o pagamento anual aos Estados por cada hectare de floresta preservada, com a imposição de multas equivalentes ao valor pago por hectares desmatados. A transparência e aceitação pelos investidores e beneficiários são aspectos destacados para a supervisão desse mecanismo.

Os dados oficiais indicam uma redução de 22% no desmatamento da Amazônia no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mandato anterior do presidente Jair Bolsonaro, que registrou um aumento de 75% em relação à média da década anterior.



A apresentação do plano brasileiro na COP28 reflete o compromisso do país com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. A abordagem de recuperação de terras degradadas e preservação das florestas tropicais demonstra uma visão de longo prazo, buscando conciliar as demandas da agricultura com a conservação do meio ambiente.

As propostas de criação de um fundo internacional e a cobrança de multas por desmatamento visam incentivar práticas sustentáveis e responsáveis, além de estabelecer mecanismos de compensação e punição para aqueles que desrespeitarem as normas de preservação.

A redução no desmatamento da Amazônia, embora modesta, representa um sinal positivo de que as políticas de controle ambiental adotadas pelo governo brasileiro estão começando a surtir efeito. No entanto, é crucial que essas ações sejam mantidas e fortalecidas, a fim de garantir a proteção de um dos ecossistemas mais importantes do planeta.

Além disso, a proposta de reabilitação de terras degradadas pode contribuir para a ampliação da produção agrícola do Brasil, sem a necessidade de desmatar novas áreas. Isso representa uma oportunidade para aumentar a produtividade sem comprometer a sustentabilidade ambiental, algo cada vez mais importante diante dos desafios globais relacionados às mudanças climáticas e à segurança alimentar.

Em resumo, o plano de expansão de terras aráveis sem desmatamento apresentado pelo Brasil na COP28 representa um passo significativo em direção a um modelo de desenvolvimento sustentável, que busca conciliar o crescimento econômico com a preservação do meio ambiente. Espera-se que essas propostas sejam debatidas e implementadas com sucesso, contribuindo para um futuro mais equilibrado e resiliente para as gerações futuras.

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