Brasil se prepara para integrar a Opep+ e influenciar transição energética para combater mudanças climáticas
Segundo o presidente, a participação do Brasil no grupo será uma oportunidade para influenciar na transição energética global. Lula destacou a importância de convencer os países produtores de petróleo a se prepararem para o fim dos combustíveis fósseis. Ele argumentou que é fundamental que esses países utilizem o lucro do petróleo para investir na produção de combustíveis renováveis, como o hidrogênio verde. A transição energética tem como objetivo reduzir o consumo de combustíveis fósseis e promover o uso de energia renovável.
A Opep, criada em 1960, é composta por 13 membros, incluindo Arábia Saudita, Venezuela, Iraque, Irã, Kuwait, Nigéria e Angola. Já a Opep+ reúne outros dez países aliados dos membros permanentes, como Rússia, México, Malásia e Sudão. O Brasil, no entanto, participará mais como observador e não terá poder de decisão no grupo.
Durante o anúncio, Lula fez questão de esclarecer que o Brasil participará da Opep+ da mesma forma que participa do G7, como um parceiro. Ele ressaltou que o Brasil não terá influência nas decisões do grupo e que o papel do país será mais de escutar do que de opinar.
A fala do presidente Lula também destacou a importância do hidrogênio verde como alternativa aos combustíveis fósseis. Especialistas têm apontado o Brasil como um possível grande produtor desse tipo de combustível. No final de novembro, a Câmara dos Deputados aprovou o marco legal para a produção do hidrogênio verde, com a previsão de incentivos fiscais para a produção. O projeto agora aguarda aprovação no Senado.
A decisão do Brasil de participar da Opep+ reflete a crescente preocupação global com a crise climática, impulsionada pelas emissões de gases do efeito estufa. A busca por alternativas aos combustíveis fósseis se tornou uma prioridade para países e organizações que buscam reduzir o impacto das mudanças climáticas.