Presidente Lula alerta para ameaça das mudanças climáticas e critica falta de ação global na COP28 em Dubai.

Durante seu discurso, Lula lembrou o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que alerta sobre os perigos do aumento da temperatura global superar 1,5 grau Celsius, enfatizando a importância do Acordo de Paris em manter esse aumento entre 1,5°C e 2°C. Ele apontou que a meta atual é insuficiente para conter o aquecimento global de maneira segura.
O presidente também destacou o compromisso do Brasil em reduzir 48% das emissões de carbono até 2025, demonstrando que o país está se esforçando em atingir suas metas. Além disso, Lula ressaltou que o Brasil se compromete a zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, sendo mais ambicioso do que vários países poluidores desde a Revolução Industrial.
Lula alertou para a dificuldade que muitos países do sul global enfrentam para implementar suas metas e assumir objetivos mais ambiciosos, especialmente os mais vulneráveis que precisam combater mudanças climáticas e a pobreza ao mesmo tempo. Ele enfatizou a importância do princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, e criticou a falta de cumprimento da promessa de US$ 100 bilhões ao ano para conter os efeitos das mudanças climáticas por parte dos países desenvolvidos.
O presidente também ressaltou que a emergência climática já é uma realidade no Brasil, citando a seca inédita registrada na Amazônia e apontando que o futuro da região depende não apenas dos amazônidas, mas também do comprometimento de outros países. Lula destacou que o Brasil está propondo a missão 1.5, uma missão coletiva para manter a temperatura na trilha de 1,5°C. Ele enfatizou a necessidade de redobrar esforços para implementar as metas assumidas e a importância de anunciar NDCs mais ousadas em Belém.
Ao concluir seu discurso, Lula alertou que, se as diferenças não forem deixadas de lado em nome do bem maior, a vida no planeta estará em perigo. Ele enfatizou que é necessário agir rapidamente para evitar um ponto de não retorno nas mudanças climáticas.