Retomada das hostilidades entre Israel e Hamas
O exército de Israel anunciou que retomou as operações militares contra o grupo militante palestino Hamas na Faixa de Gaza nesta sexta-feira, após a acusação de que o Hamas violou uma trégua temporária de sete dias ao disparar em direção ao território israelense. A trégua, que havia começado em 24 de novembro e foi estendida duas vezes, permitiu a troca de dezenas de reféns mantidos em Gaza por centenas de prisioneiros palestinos e facilitou a entrada de ajuda humanitária na região.
O anúncio de retomada das hostilidades aconteceu após Israel afirmar que interceptou um foguete disparado de Gaza minutos antes do fim do prazo da trégua. Novos alarmes de foguetes soaram em áreas israelenses próximas a Gaza no momento em que a trégua expirou, segundo o exército israelense. Relatos da mídia palestina indicaram que houve ataques aéreos e de artilharia israelenses em todo o enclave após o término da trégua.
Apesar da retomada das operações militares, houve também esforços de mediação por parte de Catar e Egito para estender a trégua, seguindo a troca na quinta-feira do último grupo de reféns e prisioneiros palestinos. A libertação desses reféns elevou o total para 105 e 240 prisioneiros durante a trégua.
Após uma longa série de confrontos entre Israel e o Hamas, o esforço para manter uma trégua tem se mostrado desafiador. As negociações intensivas do Qatar resultaram inicialmente em um acordo, porém agora a situação volta a ser tensa.
As hostilidades entre os dois grupos geraram muitas vítimas. Autoridades de saúde relatoram mais de 15.000 mortos em Gaza e um número incalculável de feridos e deslocados. A trégua, mesmo que temporária, permitiu a entrada de ajuda humanitária na região, porém a entrega de alimentos, água, suprimentos médicos e combustível ainda está muito abaixo do necessário, segundo trabalhadores humanitários.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está em Israel para a terceira visita ao Oriente Médio desde o início da guerra, enfatizou a necessidade de evitar a repetição do cenário visto no norte de Gaza, com enormes baixas civis e deslocamento de residentes, caso as operações no sul de Gaza prossigam. Israel concordou com essas diretrizes, que incluem medidas concretas para evitar danos à infraestrutura crítica, como hospitais e instalações de água, e designar claramente zonas seguras.
