Número de resgates por trabalho escravo atinge recorde histórico no Brasil, com mais de 2.800 trabalhadores resgatados até novembro.
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Durante esse período, o MTE realizou a fiscalização de 516 estabelecimentos urbanos e rurais, o que resultou no pagamento de mais de R$ 10,8 milhões em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados.
O setor de cultivo de café foi o que registrou o maior número de resgatados, com 300 casos, seguido pelo setor da cana-de-açúcar, que teve 258 resgates. Segundo o MTE, esse aumento nos resgates se deve à atuação da fiscalização, que coordena as ações do Grupo Móvel em parceria com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal.
Em termos regionais, a Região Sudeste liderou em número de ações e resgates, com 192 estabelecimentos fiscalizados e 1.043 trabalhadores resgatados, seguida pelo Centro-Oeste, com 103 fiscalizações e 720 resgates. O Sul teve 475 trabalhadores resgatados e 76 ações realizadas, enquanto o Nordeste registrou 83 ações e 450 resgates, e o Norte teve 159 resgatados e 62 ações realizadas pelo MTE.
Em relação aos estados, os maiores resgates ocorreram em Goiás, com 640 casos, seguido por Minas Gerais, com 571 casos, e São Paulo, com 380 casos. Minas Gerais também teve o maior número de ações realizadas, totalizando 102.
Esses números refletem a importância do trabalho de fiscalização e combate ao trabalho escravo no Brasil, e ressaltam a necessidade de continuar monitorando de perto as condições de trabalho em diversos setores da economia. O trabalho do MTE em parceria com outras instituições tem sido fundamental para garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores e combater práticas degradantes.