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Ministro Silvio Almeida lança projeto de sinalização de lugares de memória dos africanos escravizados no Brasil.

Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida, lança projeto de Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil

Na quinta-feira, dia 30 de novembro, o Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida, participou do lançamento do projeto Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil, no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro. Durante o evento, Almeida ressaltou a importância de políticas de memória e reconhecimento para a reconstrução do Brasil.

Segundo o ministro, reivindicações relacionadas aos direitos humanos estão intrinsecamente ligadas à necessidade de políticas de memória. Ele enfatizou que o processo de reconhecimento de memória não se resume apenas a recordar o passado, mas também é um processo político de forjar identidades individuais e coletivas.

O projeto tem como objetivo dar visibilidade à história da matriz africana, com a instalação de placas em locais que representam a memória dos africanos escravizados. O reconhecimento desses lugares é fundamental para manter viva a memória da escravidão e reforçar a luta para impedir que fatos semelhantes se repitam.

Almeida também abordou a importância da memória como ferramenta de luta, comparando a violência da escravidão à praticada durante a ditadura militar. Ele ressaltou que a escravidão foi parte fundamental da formação econômica do Brasil e destacou a necessidade de buscar reparação também do ponto de vista econômico.

O projeto de Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil é uma parceria entre os ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania, da Igualdade Racial, da Educação e da Cultura, juntamente com a Unesco e o apoio do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Durante o evento, também foi ressaltada a importância do Cais do Valongo, que foi reconhecido como patrimônio cultural mundial pela Unesco em 2017. A região foi um dos maiores pontos de desembarque de africanos escravizados nas Américas, e sua importância histórica é evidenciada pela instalação de placas que destacam o reconhecimento feito pelo Programa Rotas dos Escravizados da Unesco.

O projeto entrará em uma segunda fase, que envolverá a disseminação do projeto por meio de plataformas digitais e a produção de materiais pedagógicos e de apoio para professores, visando o cumprimento da obrigação do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, como previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

A solenidade de lançamento do projeto também contou com a participação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ressaltou a importância de recuperar a história dos negros e negras e combater a invisibilidade das contribuições dessa comunidade para a formação do Brasil.

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