
A matéria em questão tratava da morte de Henry Kissinger, ex-Secretário de Estado dos Estados Unidos, e apresentava informações deturpadas sobre o papel do mesmo no golpe militar que derrubou o governo democraticamente eleito de Salvador Allende em 1973. Além disso, o dono do periódico foi mencionado na matéria, revelando a visita realizada à Casa Branca para pedir apoio ao golpismo no Chile no período que antecedeu o golpe.
A publicação do obituário gerou indignação entre os leitores e a comunidade internacional, que enxergaram a ação do jornal como uma tentativa de distorcer a história e eximir Kissinger e os responsáveis pelo golpe de suas responsabilidades. Muitos apontaram a atitude como um claro exemplo de manipulação da informação e falta de ética jornalística.
A falta de transparência e honestidade na cobertura do obituário também foi duramente criticada. A omissão de fatos históricos essenciais, como o envolvimento de Kissinger no golpe chileno, foi considerada um desrespeito à memória das vítimas do regime militar que se instalou no país após a queda de Allende.
Além disso, a revelação da visita do dono do El Mercurio à Casa Branca para pedir apoio ao golpismo no Chile é um fato que merece ser explorado de forma aprofundada. A relação estreita entre a imprensa e agentes políticos interessados em derrubar governos legítimos é um tema de grande relevância, especialmente em contextos de golpes e instabilidade política.
Diante destes acontecimentos, a sociedade e a imprensa internacional devem reafirmar a importância da objetividade e imparcialidade na cobertura de fatos históricos e políticos. A manipulação da informação e a tentativa de distorcer a verdade não podem ser toleradas em democracias saudáveis. Esses acontecimentos no Chile servem como um alerta para a importância do jornalismo responsável e comprometido com a verdade.