O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve alta de 0,59% em novembro, segundo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Essa variação representa um aumento em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,55%. No acumulado do ano, o IGP-M já apresenta uma elevação de 30,56%. No mesmo período do ano passado, a taxa era de 3,99%.
De acordo com a FGV, esse aumento da inflação do aluguel foi impulsionado pelo avanço dos preços das commodities, que tiveram um grande impacto nos custos de produção e, consequentemente, nos preços ao consumidor. Os produtos agropecuários tiveram alta de 3,36% em novembro, enquanto os produtos industriais registraram um aumento de 0,93% no mesmo período.
Outro fator que contribuiu para a aceleração do IGP-M foi a valorização do dólar em relação ao real. Com a moeda norte-americana em alta, os produtos importados ficaram mais caros, o que também impactou os preços internos. Além disso, a escassez de matéria-prima e os custos logísticos elevados também pressionaram a inflação.
No caso do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), também calculado pela FGV, a alta foi de 0,93% em novembro, com destaque para os grupos de habitação, alimentação, saúde e cuidados pessoais. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou uma variação de 1,29% no mês, influenciado pelo aumento dos custos com mão de obra e materiais de construção.
Com a aceleração da inflação do aluguel e dos demais índices de preços, a pressão sobre as famílias e as empresas tem aumentado, colocando em risco a recuperação da economia. O cenário de incertezas em relação à pandemia, somado aos efeitos da crise hídrica e energética, coloca desafios adicionais para a política monetária e para a tomada de decisões do Banco Central. Resta acompanhar de perto os próximos indicadores econômicos e as ações do governo para conter a inflação e garantir a estabilidade econômica do país.
