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Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprova PEC que proíbe militares na ativa de se candidatarem em eleições

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (29), a Proposta de Emenda à Constituição 42/2023, que proíbe militares da ativa de se candidatarem em eleições. Segundo o texto, os militares federais que se candidatarem a um cargo eletivo terão sua transferência automática para a reserva não remunerada no momento do registro da candidatura. Já os militares com mais de 35 anos de serviço serão transferidos para a reserva remunerada.

Entretanto, as novas regras não se aplicarão às eleições municipais de 2024, entrando em vigor somente 1 ano após o início da vigência da emenda constitucional. Atualmente, os militares podem se candidatar, desde que se afastem da atividade, caso possuam menos de 10 anos de serviço. Se o tempo de serviço for superior, deverão ser afastados pela autoridade superior e, uma vez eleitos, passarão automaticamente para a inatividade no ato da diplomação.

O autor da emenda, senador Jaques Wagner (PT-BA), justifica que os militares da ativa não devem estar vinculados a atividades político-partidárias, argumentando que a Constituição já restringe a participação da categoria no processo político-eleitoral. Ele ressalta que é necessário adotar medidas cautelares para garantir a neutralidade política das Forças Armadas.

Por outro lado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) posicionou-se contrário à PEC, afirmando que considera os militares uma “sub-categoria de servidor público” e que a proposta seria uma vingança contra as Forças Armadas. A PEC teve parecer favorável do relator, senador Jorge Kajuru (PSB-GO).

É importante ressaltar que a emenda não impacta os militares dos estados e do Distrito Federal. A Proposta de Emenda à Constituição agora segue para análise do plenário do Senado, onde será discutida e votada pelos demais senadores. Este é mais um tema que gera debates e opiniões divergentes no cenário político brasileiro. A decisão final ficará nas mãos dos representantes do povo, que terão a responsabilidade de votar e decidir sobre o futuro desta proposta.

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