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Paralisação dos trabalhadores dos serviços públicos de São Paulo prossegue até quarta-feira (29) em greve unificada contra privatizações.

Greve unificada dos serviços públicos em São Paulo continua até a 0h de quarta-feira

A paralisação dos trabalhadores dos serviços públicos em São Paulo continua até a 0h de quarta-feira, segundo os representantes dos sindicatos envolvidos na greve. Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (28), as entidades avaliaram que a greve está sendo bem-sucedida, com boa adesão dos trabalhadores e compreensão das razões do movimento.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintraema), José Faggian, destacou que a paralisação visa estimular o debate com a população sobre o impacto da privatização da Sabesp, do Metrô e da CPTM.

Faggian ressaltou que a greve também tem um caráter corporativo, visando a defesa dos empregos e interesses dos trabalhadores da Sabesp, mas que a união é para defender que a população tenha acesso a serviços públicos de qualidade, em especial o saneamento básico.

Na opinião de Faggian, não há argumentos razoáveis para insistir na privatização da Sabesp, pois a experiência mostrou que a privatização resultou em precarização e aumento tarifário nos serviços. Ele reforçou que a saúde da população de São Paulo está em risco caso isso ocorra.

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, afirmou que a categoria propôs ao governo a liberação das catracas para que a população pudesse utilizar o transporte público gratuitamente, porém a resposta da administração foi negativa.

Os sindicatos acreditam que o governador deve abrir um debate sobre a privatização dos serviços públicos e provar que isso não terá um impacto negativo na qualidade dos serviços. Eles sugerem a realização de um plebiscito oficial para que a população emita sua opinião sobre o assunto.

Além disso, o vice-diretor de políticas sociais do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Richard Araújo, destacou que a flexibilização do orçamento mínimo para a educação proposta pelo governo representa um descaso com os interesses da juventude.

O governo estadual informou que, apesar da greve, a maioria dos serviços públicos continuam funcionando dentro do esperado, com exceção de alguns sistemas de transporte. Para minimizar o impacto da greve na população, o governo de São Paulo determinou ponto facultativo nos serviços públicos estaduais da capital.

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