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Greve unificada de transportes fecha acessos na estação Itaquera e limita circulação de trens em São Paulo.



Greve afeta transporte público em São Paulo

Na madrugada desta terça-feira, passageiros que tentavam embarcar nas linhas 3-vermelha do metrô e na 11-coral do trem encontraram os acessos fechados na estação Itaquera, zona leste da capital. A situação ocorreu devido ao início da terceira greve a atingir os transportes deste ano. Por volta das 4h20, as escadas que levam às catracas estavam fechadas, mas às 4h30, o acesso para os trens abriu. A circulação na linha 11-coral está limitada ao trecho entre Guaianases e Luz.

A paralisação reúne diferentes pautas e conta com trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), professores da rede pública e servidores da Fundação Casa. A greve não afeta as linhas privatizadas do metrô (4-amarela e 5-lilás) e de trens metropolitanos (8-diamente e 9-esmeralda).

Na segunda-feira, a Justiça do Trabalho determinou que funcionários do Metrô trabalhem com 80% da capacidade total nos horários de pico desta terça, dia da greve unificada de várias categorias de funcionários públicos estaduais contra planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre as pautas da nova paralisação unificada está novamente a privatização da Sabesp e de outros setores, como no transporte sobre trilhos. Tiago Silva, 31 anos, acredita que o debate vai além da privatização ou não dos serviços de transporte. Ele mora em Guaianases e trabalha na região da Barra Funda, e argumenta que a falta de estruturas de emprego na zona leste faz com que as pessoas tenham que atravessar a cidade para trabalhar, enfrentando longos tempos de locomoção.

Silva entende que a greve é um direito constitucional, mas acha que faltam outras reivindicações. Ele apontou que há obras de metrô atrasadas, previstas para 2020 e que ainda não foram concluídas. Ele aguardava um colega de trabalho para dividir um carro de aplicativo custeado pela empresa.

Outras pautas relacionadas às decisões da gestão Tarcísio também compõem os argumentos utilizados pelos trabalhadores para justificar a greve unificada, tais como um corte de 5% no orçamento da educação, o leilão da Linha 7-Rubi da CPTM marcado para 29 de fevereiro de 2024, segundo comunicado do Sindicato dos Metroviários, e terceirizações.

No Metrô, o horário de pico considerado pelo desembargador é das 6h às 9h e das 16h às 19h. Para os demais horários, o efetivo mínimo deve ser de 60%, diz a decisão.


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