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Fibromialgia: Doença de dor crônica afeta mulheres em maior proporção, sintomas e tratamentos ainda desafiam especialistas




Artigo sobre Fibromialgia

Descobrindo a Fibromialgia: Uma Síndrome de Dor Crônica que Afeta Principalmente Mulheres

A fibromialgia é uma síndrome de dor crônica que afeta principalmente as mulheres, sendo de seis a sete vezes mais comum do que nos homens. Caracterizada por dores crônicas nos músculos, ligamentos e outras partes do corpo sem localização clara, além de fadiga constante e depressão, essa condição desafia médicos e pacientes por não ter uma causa clara.

De acordo com Gerhard Müller-Schwefe, do Centro de Dor e Cuidados Paliativos de Göppingen, os sintomas da fibromialgia podem se manifestar de maneiras variadas, com dores que mudam de intensidade e localização periodicamente, o que muitas vezes leva à falta de credibilidade por parte de alguns profissionais de saúde.

Em 1992, a Organização Mundial da Saúde reconheceu a fibromialgia como uma doença, impulsionando pesquisas e estudos sobre o assunto. No entanto, os desencadeadores e desenvolvimento da condição ainda são desconhecidos, e exames tradicionais como sangue, ultrassom e ressonância magnética não auxiliam no diagnóstico preciso.

Causas e Diagnóstico

Um método comum de diagnóstico é a avaliação dos chamados pontos sensíveis, em que 18 pontos no corpo são pressionados para identificar reações de dor. Se 11 desses pontos resultarem em dor, é provável o diagnóstico de fibromialgia. No entanto, a interpretação desses testes demanda experiência e pode variar entre os pacientes.

Além das dores generalizadas por mais de três meses, outros sintomas como fadiga persistente, insônia e dores de cabeça frequentes podem ser indicativos da condição. A fibromialgia está associada a um desequilíbrio no controle da dor, afetando o sistema nervoso e emocional dos pacientes.

Tratamento e Recomendações

Não existe cura para a fibromialgia, mas os sintomas podem ser gerenciados com o uso de antidepressivos, anticonvulsivos e terapias multimodais. A prática de ioga, acupuntura e atividades físicas também podem auxiliar no alívio das dores e na melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Kathrin Bernardy, psicóloga em medicina da dor, destaca a importância da terapia multimodal e do apoio psicológico para lidar com a condição. Manter um diário da dor, participar de grupos de autoajuda e se dedicar ao autocuidado são recomendações para os pacientes.

Em um mundo onde as mulheres são as mais afetadas pela fibromialgia, é essencial que a dor e os sintomas sejam levados a sério, promovendo um ambiente de compreensão e suporte para aqueles que enfrentam essa síndrome debilitante.



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