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Combate ao racismo vai além das políticas públicas, afirma diretora da Unesco em fórum global realizado em São Paulo.

A sociedade precisa se envolver ativamente no combate ao racismo, não apenas dependendo de políticas governamentais para resolver a questão. Esta é a opinião da diretora de Ciências Humanas e Sociais da Unesco, Gabriela Ramos, que enfatizou a importância do engajamento da comunidade no enfrentamento do racismo em uma entrevista à Agência Brasil.

A Unesco está organizando o 3º Fórum Global Contra o Racismo e a Discriminação, que está em andamento em São Paulo até sexta-feira. O evento reúne acadêmicos, membros da sociedade civil e autoridades governamentais, como a representante para igualdade racial do Departamento de Estado dos EUA, Desiree Cormes Smith.

Gabriela destacou que um dos temas em destaque no fórum é a discussão das políticas afirmativas nos Estados Unidos, como as cotas raciais para ingresso nas universidades. Ela fez questão de salientar a importância de não ter medo das cotas, argumentando que elas visam corrigir desigualdades históricas e proporcionar oportunidades para todos.

A diretora da Unesco reconheceu a importância da criação do Ministério da Igualdade Racial pelo atual governo brasileiro, elogiando a liderança do presidente Lula por estabelecer essa pasta. No entanto, ela ressaltou que o combate ao racismo não é um problema que será resolvido rapidamente, enfatizando os desafios enfrentados não apenas pelo Brasil, mas por outros países também.

Gabriela ressaltou a importância de que as políticas de cotas raciais sejam acompanhadas por medidas de permanência, a fim de garantir que aqueles que ingressarem através dessas políticas tenham oportunidades reais de aproveitar o espaço que lhes é aberto. Ela também observou a necessidade de equilibrar um ambiente desigual e destacou que este é um processo que exige esforço contínuo e a combinação de várias ações para obter resultados efetivos.

Portanto, fica claro que a Unesco está comprometida em promover o diálogo e o engajamento social ativo para combater o racismo e a discriminação, levando em consideração as experiências de diferentes países e buscando soluções eficazes para esse problema global.

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