Agência BrasilDestaque

Sindicalista Creuza Oliveira é homenageada com título de doutor honoris causa pela UFBA em reconhecimento à luta das trabalhadoras domésticas

A sindicalista Creuza Oliveira, aos 66 anos, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal da Bahia (UFBA) na última sexta-feira (24). Em entrevista à jornalista Mara Régia, apresentadora do programa Viva Maria, da Rádio Nacional da Amazônia, Creuza destacou a importância do título não apenas para ela, mas como uma homenagem à luta histórica das trabalhadoras domésticas.

Na visão de Creuza, o título é uma representação da luta da categoria por direitos, dignidade, cidadania e políticas públicas. Ela reverenciou outras ativistas que também lutaram em defesa das trabalhadoras domésticas, incluindo dona Laudelina de Campos Melo, Nair Jane de Castro Lima, Lenira Carvalho, Mila Cordeiro e Isabel Cleiton.

Atualmente, além de presidente de honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza exerce outros cargos no sindicato e em instituições relacionadas à proteção dos direitos das trabalhadoras domésticas. O memorial que fundamentou a concessão do título foi coordenado pela professora Elisabete Pinto, do Instituto de Psicologia (IPS) da UFBA, e contou com a participação de várias personalidades, como representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), deputados estaduais, jornalistas, juízes do Trabalho e pesquisadoras da UFBA, entre outros.

Elisabete Pinto ressaltou o impacto social do trabalho realizado por Creuza, afirmando que a sindicalista conseguiu organizar as mulheres negras em torno da questão laboral e conquistou os direitos humanos das trabalhadoras domésticas. A professora também destacou que poucos doutores conseguem alcançar esse impacto social com seu conhecimento acadêmico.

A entrega do título de doutor honoris causa a Creuza Oliveira ocorreu durante a Semana da Consciência Negra, reforçando o reconhecimento da importância de seu trabalho na luta pelos direitos das trabalhadoras domésticas. A entrevista completa pode ser acessada no site da Secretaria de Promoção de Igualdade Racial do governo da Bahia.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo