Presidente Lula anuncia iniciativa para bioeconomia durante presidência do Brasil no G20 e propõe agendas de combate à fome e mudanças climáticas.
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A presidência brasileira terá como prioridades a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza, o enfrentamento das mudanças climáticas com foco na transição energética, e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental. O lema da presidência brasileira será “construindo um mundo justo e um planeta sustentável”.
Ao assumir a presidência simbolicamente em agosto, Lula propôs a criação de uma força tarefa focada na luta contra a fome. Durante a Cúpula Virtual do G20, ele anunciou que o Brasil criará duas forças-tarefas no bloco, uma contra a fome e a desigualdade e a outra contra a mudança do clima.
O presidente também ressaltou a importância de reduzir desigualdades e buscando resultados concretos que gerem benefícios para os mais pobres e vulneráveis em todo o planeta. Ele destacou que o Brasil sediará a conferência da COP 30 em 2025, e pretende chegar lá com “uma agenda climática ambiciosa, que assegure a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas”.
Além disso, Lula anunciou que o Brasil pretende criar um canal de diálogo entre líderes e a sociedade civil para ampliar a participação social nos trabalhos do G20. O país assumirá a liderança do grupo, trabalhando em estreita colaboração com a Índia, última ocupante da presidência, e a África do Sul, que exercerá o mandato em 2025.
Durante o discurso na Cúpula Virtual do G20, Lula também abordou o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, expressando apoio ao acordo de trégua temporária entre as partes. Ele ressaltou a importância do diálogo e da vontade política para garantir a paz e a prosperidade global, destacando o papel central do G20 nesse processo.
Lula também se pronunciou sobre a necessidade de reforma das instituições de governança global, defendendo uma maior diversidade de vozes a serem levadas em conta. Ele defendeu uma representação adequada de países emergentes em órgãos internacionais como o Conselho de Segurança da ONU, afirmando que o modelo atual de governança precisa ser atualizado.