Professores universitários avaliam propostas do governo em assembleias locais até sexta-feira para decidir futuro da greve

As respostas ao formulário devem ser enviadas até o meio-dia da próxima sexta-feira, visando subsidiar a reunião do comando nacional de greve que ocorrerá em Brasília durante o fim de semana. Segundo o Andes, a greve iniciada em abril já atinge 64 das 69 universidades do país.
O comando informou aos professores os pontos da proposta do governo, que incluem a recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, reajuste de benefícios como auxílio-alimentação, saúde e creche, e aumento linear de 12,8% até 2026. O governo argumenta que o reajuste total para os professores ficará entre 23% e 43% em quatro anos, superando a inflação estimada em 15% no período.
Apesar do governo considerar encerradas as negociações salariais, permanece aberto ao diálogo sobre outras pautas não salariais. Além disso, houve compromisso de revogar uma portaria que aumentava a carga horária mínima semanal dos docentes após o término da greve.
O presidente Lula anunciou investimentos na infraestrutura das universidades federais, hospitais universitários e a criação de novos campus em todo o país, totalizando um investimento de R$ 5,5 bilhões do novo PAC. Este anúncio foi bem recebido pela comunidade acadêmica, que vê com bons olhos melhorias nas condições de trabalho e estudo.