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Britânia condenada a indenizar funcionária demitida por não apoiar Bolsonaro
Na última terça-feira (14), a empresa de eletrodomésticos Britânia, sediada em Curitiba, foi condenada a pagar uma indenização de R$ 50 mil a uma funcionária que foi demitida por não apoiar Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
O caso foi julgado e a sentença foi proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9). Segundo os advogados da funcionária, a demissão foi motivada pela divergência política, o que configura um ato discriminatório e ilegal.
A funcionária, que preferiu não ser identificada, relatou que após manifestar sua opinião contrária ao então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, passou a sofrer represálias no ambiente de trabalho. Ela foi alvo de discriminação e, posteriormente, demitida sem justa causa.
Os representantes legais da Britânia alegaram que a demissão foi baseada em questões de desempenho profissional, e não por motivações políticas. No entanto, após a análise das provas e depoimentos, o tribunal considerou que houve sim uma demissão arbitrária e ilegal.
Esse caso levantou questionamentos sobre liberdade de expressão e liberdade política no ambiente de trabalho. A decisão do TRT-9 reforça a proteção aos direitos trabalhistas e mostra que atos de discriminação por opiniões políticas não serão tolerados.
É importante ressaltar que a demissão por motivações políticas é considerada ilegal e configura um ato de discriminação, conforme previsão na legislação trabalhista brasileira. Portanto, a decisão do tribunal serve como um precedente importante para casos semelhantes no futuro.
Diante disso, a empresa Britânia terá que arcar com o pagamento da indenização à funcionária demitida. Além disso, o caso serve como um alerta para outras empresas, que devem respeitar a liberdade de expressão e opinião de seus funcionários, independentemente de suas posições políticas.