Mercado financeiro reduz previsão de inflação para 4,55% em 2023, mas mantém projeções elevadas para os próximos anos.
Segundo o relatório, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,59% para 4,55% em 2023. Já para 2024, a projeção da inflação é de 3,91%, enquanto para 2025 e 2026, a expectativa é de 3,5% para ambos os anos.
Para 2023, a estimativa está acima do centro da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é 1,75% e o superior de 4,75%.
De acordo com o Relatório de Inflação do Banco Central, a probabilidade de a inflação superar o teto da meta em 2023 é de 67%. Já para 2024, a projeção do mercado também está acima do centro da meta prevista, que é de 3%, mas ainda dentro da margem de tolerância.
Em relação aos juros, o Banco Central tem utilizado a taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação. O Comitê de Política Monetária do Banco Central já realizou três cortes na taxa no segundo semestre e sinalizou que o ciclo de diminuição dos juros continuará, com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
A projeção do mercado para a taxa de juros é de 11,75% ao ano para o encerramento de 2023, enquanto para 2024, a estimativa é de 9,25% ao ano. Já para 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.
Em relação ao crescimento econômico, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023 caiu de 2,89% para 2,85%. Já para 2024, a expectativa é de crescimento de 1,5%, e para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.
Além disso, a projeção da cotação do dólar está em R$ 5 para o final de 2023, enquanto para o encerramento de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05. Esses números refletem a expectativa do mercado em relação à economia nos próximos anos.
