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Disputa entre Paes e Ramagem pelo voto evangélico marca campanha eleitoral no Rio de Janeiro




A disputa pelos votos evangélicos na eleição do Rio de Janeiro

No cenário político carioca, a batalha pelos votos evangélicos está intensa entre os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro. Em meio a estratégias e articulações, a campanha de Alexandre Ramagem (PL) tenta conquistar o eleitorado religioso, porém, encontra obstáculos nas costuras realizadas por Eduardo Paes (PSD) durante a pré-campanha.

Paes, atual prefeito e candidato à reeleição, tem conquistado espaço nas principais congregações evangélicas, como a Igreja Universal do Reino de Deus, a Assembleia de Deus Madureira e a Advec (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), liderada por Silas Malafaia.

O vereador Alexandre Isquierdo (União Brasil), ex-pastor da Advec, tem tentado aproximar Ramagem da comunidade evangélica. No entanto, a relação amigável que Malafaia mantém com Paes tem dificultado a tentativa de Ramagem de conquistar esse eleitorado.

De acordo com pesquisa do Datafolha, Paes lidera com 49% das intenções de voto entre os evangélicos, enquanto Ramagem alcança apenas 11%. Entre os católicos, Paes também mantém a dianteira, com 61% contra 11% de Ramagem.

Com estratégias bem definidas, Paes tem se aproximado dos líderes religiosos. Recentemente, ele se reuniu com pastores evangélicos e publicou fotos nas redes sociais ao lado de representantes de federações e convenções da Assembleia de Deus.

Outro ponto de destaque na estratégia de Paes foi o apoio do deputado federal Otoni de Paula (MDB) e do pastor Abner Ferreira, líder da Assembleia de Deus Madureira. A presença dessas figuras ao lado de Paes tem influenciado a decisão dos eleitores evangélicos na cidade.

Em contrapartida, a campanha de Ramagem tem tentado desqualificar a influência de Paes no meio evangélico. A deputada estadual Índia Armelau (PL), candidata a vice na chapa de Ramagem, divulgou um vídeo rebatendo falas de Otoni de Paula e reforçando a posição do PL na disputa.

Enquanto isso, políticos ligados à igreja Universal aguardam sinais do Republicanos sobre o apoio a Ramagem, que ainda busca se destacar no eleitorado evangélico. A presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pode ser uma carta na manga para atrair esse público, que ainda não está totalmente definido na eleição.

A equipe de campanha de Ramagem aposta em destacar sua atuação como delegado federal em Roraima na Operação Arcanjo, que desarticulou uma rede de pedofilia envolvendo servidores públicos. Com estratégias claras e alianças bem costuradas, a disputa pelos votos evangélicos promete ser acirrada até o dia das eleições no Rio de Janeiro.


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