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Chuvas apagam onda de incêndios recordes no Pantanal, mostra satélite do Inpe.







Chuvas apagam incêndios no Pantanal, diz INPE

As chuvas que caíram nos últimos dias na região central do Brasil apagaram a onda de incêndios recorde no Pantanal, conforme apontam imagens de satélite divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nesta segunda-feira (20).

Os satélites do INPE indicaram que a região do Pantanal, que registrou quase um milhão de hectares queimados neste ano, estava sem focos ativos de incêndio, trazendo um alívio para a fauna e a população local.

Os incêndios no Pantanal atingiram números alarmantes, batendo um recorde histórico para o mês de novembro, com 3.957 focos acumulados até o momento, quase nove vezes mais do que a média histórica para todo o mês.

A região, que é conhecida por sua rica biodiversidade e depende do ecoturismo, foi severamente afetada por incêndios devido à forte seca que assolava a região nas últimas semanas. A ONG Instituto Centro de Vida (ICV) estima que pelo menos 6% do Pantanal, ao sul da Amazônia Legal, foi consumido pelo fogo.

O pior registro para um mês de novembro completo era de 2022, quando foram detectados 2.328 focos, mas este ano superou todas as expectativas. A maior parte da área queimada neste mês corresponde ao estado de Mato Grosso.

Segundo especialistas, os incêndios recorrentes no Pantanal são causados principalmente pela ação humana, com o uso de queimadas controladas para regenerar ou aumentar os terrenos agrícolas. A situação se agravou neste fim de ano devido à seca que afeta várias regiões do país, incluindo a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.

Com mais de 170.000 quilômetros quadrados nos territórios de Brasil, Bolívia e Paraguai, o Pantanal abriga uma vasta diversidade de vida, incluindo 656 espécies de aves, 159 de mamíferos, 325 de peixes, 98 de répteis, 53 de anfíbios e mais de 3.500 espécies de plantas, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).


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