28ª Parada LGBTI+ nas Cores do Arco-Íris em Copacabana Luta Contra Retrocessos e Pede Cidadania e Representatividade Política
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Uma das questões apontadas pelos organizadores e apoiadores da parada é o projeto de lei no Congresso Nacional que visa proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, direito que foi garantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2011. A deputada Dani Balbi (PCdoB), primeira transsexual da Assembleia Legistativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), ressaltou a importância da participação das pessoas LGBTI+ na política. Ela destacou que, apesar dos avanços, a comunidade ainda enfrenta dificuldades e desrespeito.
De acordo com o primeiro levantamento oficial feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há pelo menos 2,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que se declaram lésbicas, gays ou bissexuais no Brasil. A falta de levantamentos nacionais oficiais do restante da população LGBTQIAP+ foi ressaltada na Parada como uma questão que precisa ser enfrentada.
Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e coordenador-geral da marcha, enfatizou a importância de celebrar a luta com alegria e celebração. Ele destacou que o movimento social LGBTI+ possui sua própria dinâmica. Além disso, os organizadores e apoiadores ressaltaram que a pauta do evento não é uma luta exclusiva para a comunidade LGBTI+, destacando a importância do apoio de todos na defesa dos direitos da comunidade.
A Parada também contou com a participação de oito “anjos da diversidade”, que carregavam asas de 1,5 metro de altura e representavam a luta pela paz, amor, harmonia e verdade. O evento também contou com oito trios elétricos na Avenida Atlântica, onde as cantoras Lexa e Valéria Barcellos se apresentaram ao lado de mais 50 artistas da comunidade LGBTI+.
Além da celebração da diversidade, a Parada também ofereceu um espaço para cuidados com a saúde da população, incluindo vacinação, testagem de sífilis e hepatites, e informações sobre PrEP e PEP. O evento também contou com a presença de parceiros como o Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Ministério Público, que prestaram serviços de cidadania e atendimentos a possíveis situações de LGBTIfobia ou outros delitos.
A importância da Parada LGBTI+ para a economia do Rio de Janeiro também foi ressaltada, com a afirmação de que o evento é o terceiro que mais atrai turistas para a cidade, ficando atrás apenas do Carnaval e do Réveillon. O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) destacou que a parada contribui para a dinamização da economia e para a construção de um Brasil que não é racista, machista e onde as trans não são assassinadas.