Comércio brasileiro otimista para Black Friday com estimativa de R$ 4,64 bilhões em vendas, 4,3% a mais que em 2022.

Segundo um levantamento da CNC, os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas, com um faturamento esperado de R$ 1,28 bilhão, e móveis e eletrodomésticos, com R$ 1,05 bilhão, representarão quase metade (48%) do total das vendas. Em seguida, destacam-se os ramos de hiper e supermercados, com R$ 1,02 bilhão, e vestuário, calçados e acessórios, com R$ 0,73 bilhão.
A desaceleração da inflação é apontada como um dos fatores que impulsionarão as vendas, de acordo com a CNC. No ano passado, os preços livres da economia acumulavam alta de 9,7%, enquanto neste ano, a variação é de 3%. Além disso, a valorização de 7,5% do real ante o dólar e os cortes recentes na taxa básica de juros por parte do Banco Central também têm contribuído para estratégias mais agressivas de preços por parte dos varejistas e favorecido o crédito.
A pesquisa indicou quais produtos estão sendo mais procurados pelos consumidores na internet nos últimos 30 dias. A presença de aparelhos de ar condicionado no topo da lista não é surpresa, dada a onda de calor que o país enfrenta. No entanto, o efeito negativo é que os aparelhos têm ficado mais caros nos últimos 40 dias, com alta de 2,9%. Dos 10 itens monitorados pela CNC, apenas o ar-condicionado e o videogame apresentam preço maior na data que costuma ser associada a promoções.
Desde 2017, a Black Friday tem apresentado crescimento seguido no volume de vendas, e a partir de 2020, esse crescimento se mostrou mais intenso devido à intensificação do comércio online. Além disso, a facilidade para consulta e comparação de preços pela internet explicam o ganho de importância da Black Friday no calendário nacional, de acordo com a CNC.