A violência das polícias contra negros e pobres poderia ser alterada com mudança na segurança pública, aponta cientista social.

Segundo um levantamento divulgado pela entidade, a cada 100 mortos pela polícia em 2022, 65 eram negros. O relatório intitulado “Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro” evidencia a desigualdade e a violência racial no país. Sílvia destaca que é possível impedir o fluxo de armas, drogas e munições nos territórios mais vulneráveis por meio da identificação das fontes de abastecimento ilegal.
A pesquisadora aponta a disparidade na abordagem das polícias, destacando que as operações de confronto e tiroteios predominam em áreas pobres e populares da periferia, enquanto as áreas ricas e brancas recebem um tratamento diferenciado. Ela ressalta a importância de as políticas de segurança serem baseadas em inteligência e investigação para evitar mortes.
Sílvia destaca que outras polícias ao redor do mundo têm adotado abordagens mais eficazes no combate à criminalidade, evidenciando que é possível realizar mudanças significativas. Ela enfatiza a necessidade de impedir o abastecimento ilegal de equipamentos e munições, visando a redução da violência e do risco para a população.
Diante do cenário de violência, letalidade e racismo nas políticas de segurança, a cientista social ressalta a importância de uma abordagem mais justa e equitativa. Ela reforça a necessidade de repensar as práticas das polícias para garantir a proteção e o respeito aos direitos de todos os cidadãos, independentemente de sua cor ou condição social.