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Estudo mostra que mais de 102 milhões de brasileiros vivem com privações no saneamento básico no Brasil.







Problemas de saneamento afetam mais de 102 milhões de brasileiros

Mais de 102 milhões de brasileiros vivem com privação de saneamento básico

Um estudo baseado nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE revelou que mais de 102 milhões de brasileiros vivenciam diariamente algum tipo de privação de saneamento no Brasil. Isso significa que uma a cada duas pessoas mora em uma residência sem acesso a serviços básicos, como abastecimento de água, coleta de esgoto ou um banheiro.

O trabalho, elaborado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria Ex Ante e com o Cebds (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), avaliou cinco tipos de problemas relacionados ao saneamento básico.

Os resultados apontam que, em números absolutos, o Nordeste é a região do Brasil que mais sofre com a falta de serviços em todas as cinco dimensões analisadas, somando 40,3 milhões de pessoas afetadas de alguma forma. O problema que afeta mais brasileiros é a falta de coleta de esgoto, atingindo quase 70 milhões de pessoas.

O estudo também destaca que 66% das pessoas que sofrem com o problema de coleta de esgoto são negras, o que reflete um perfil que se repete em todas as privações analisadas no estudo.

Também é flagrante a situação de 4,4 milhões de brasileiros que não têm acesso a um banheiro em casa, principalmente no Nordeste, onde esse problema se agrava.

O estudo ainda revela que quase um quarto dos brasileiros recebem água insuficiente, com 23 a cada 100 casas não recebendo água todos os dias, totalizando mais de 17 milhões de moradias afetadas por esse problema.

Desafio de solução dos problemas de saneamento

Segundo o pesquisador do Instituto Trata Brasil, Fernando Garcia de Freitas, a falta de banheiro individual é a privação que mais se relaciona com a questão da dignidade e da saúde humana. Ele alerta que o problema de saneamento tangencia de forma clara com a política habitacional e requer soluções consideráveis.

Para a presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, a questão do fornecimento diário de água também é um ponto crítico e que exige a atuação das agências reguladoras para garantir a frequência na distribuição da água.

A importância da priorização do saneamento

Luana Pretto também destaca a importância de priorizar o tema do saneamento, enfatizando que a mudança de mentalidade e a união de esforços tanto do setor público quanto do privado são essenciais para solucionar os desafios impostos pela diversidade regional, social e cultural do país.

Diante dos números alarmantes apresentados pelo estudo, fica evidente a urgência em buscar soluções efetivas para garantir acesso adequado ao saneamento básico para toda a população brasileira.

Fonte: Estudo do Instituto Trata Brasil


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