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Trabalhadores palestinos retornam a Gaza após revogação de autorizações de trabalho em Israel durante conflito com o Hamas.

Após o desencadeamento do conflito entre o Hamas e Israel, mil trabalhadores palestinos com autorização de trabalho em Israel foram deslocados para a Cisjordânia. Neste contexto, mais de 18 mil habitantes de Gaza tinham autorizações de trabalho em Israel até 7 de outubro, data em que se iniciou o conflito.

Com o início do conflito entre as duas nações, as autoridades israelenses tomaram a decisão imediata de revogar as autorizações de trabalho dos trabalhadores palestinos. Mais de 4 mil pessoas foram presas pelas autoridades israelenses sem acusações formais, e a maioria acabou sendo deportada para Gaza há duas semanas.

Aqueles que foram deslocados para a Cisjordânia foram instalados em hotéis, abrigos, instalações públicas ou centros desportivos em cidades como Ramallah, Nablus, Belém e Jericó. Cerca de 900 trabalhadores retornaram a Gaza após deixarem Jericó na semana passada.

No entanto, a situação permanece delicada para muitos trabalhadores palestinos, já que muitos não querem voltar para suas casas em Gaza devido à perda de familiares, destruição das casas ou inacessibilidade das mesmas.

Além disso, denúncias de falta de transparência na transferência dos trabalhadores realizada pela ANP em coordenação com Israel foram feitas por uma fonte humanitária citada pela EFE. Alega-se que alguns trabalhadores foram pressionados pelas autoridades a regressar a Gaza, sob a ameaça de prisão em caso de recusa.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que não permitiria que mais palestinos trabalhassem em solo israelense, como medida para cortar todos os laços com Gaza, após o ataque do Hamas. Esta medida afetou os trabalhadores de Gaza, que eram empregados como mão-de-obra barata em Israel, especificamente em lojas, estabelecimentos comerciais e fábricas.

O conflito entre o Hamas e Israel continua a ter um impacto direto na vida dos palestinos, gerando deslocamentos, revogações de autorizações de trabalho e tensões políticas entre as autoridades. A situação permanece tensa e incerta para muitos trabalhadores palestinos que aguardam para retornar para suas casas e famílias em Gaza. Infelizmente, até o momento, não há perspectivas de resolução para esse cenário.

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