
Operação da PF desarticula grupo suspeito de fraudes em fundos de investimento
A Polícia Federal (PF) em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Minuano com o objetivo de desarticular um grupo suspeito de fraudar fundos de investimentos, causando prejuízos a Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de servidores públicos em diversos estados.
Segundo informações divulgadas, medidas cautelares de suspensão de atividade financeira estão sendo executadas, com bloqueio de contas e ativos que somam o montante significativo de R$ 451 milhões, valor correspondente ao prejuízo estimado causado pelo grupo aos RPPS.
A ação da PF conta com a participação de mais de 100 policiais federais que estão cumprindo 27 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Porto Alegre (18 mandados), Canoas (1), Novo Hamburgo (2), Portão (1), Canela (1), Cambé (1), Londrina (1), São Paulo (1) e Rio de Janeiro (1).
De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início a partir de informações coletadas na Operação Gatekeepers (2018) e apurou que o grupo criminoso teria sido responsável pela captação e desvio de R$ 239 milhões de 69 Regimes Próprios de Previdência Pública em diversos estados do Brasil.
Além disso, os investigadores identificaram “pagamento indevido a dirigentes dos RPPS por intermédio de consultorias vinculadas ao grupo”, conforme comunicado oficial da PF.
Caso as suspeitas sejam confirmadas, os responsáveis pela prática criminosa poderão responder por crimes como gestão fraudulenta e temerária, apropriação indébita financeira, estelionato financeiro, falsidade ideológica contábil-financeira, negociação de títulos mobiliários sem lastro, manipulação de preços de ativos, lavagem de dinheiro e organização criminosa, estando sujeitos a penas que ultrapassam 40 anos de reclusão.