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Ministra Cármen Lúcia critica falta de igualdade de gênero no Judiciário durante seminário do jornal O Estado de S. Paulo.




Artigo sobre a Ministra Carmen Lúcia

Única Mulher no STF, Cármen Lúcia Critica Falta de Igualdade no Poder Judiciário

A Ministra Carmen Lúcia, única mulher na atual composição do Supremo Tribunal Eleitoral, fez duras críticas nesta terça-feira (14) à falta de igualdade no sistema de Justiça. Durante um seminário promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, a ministra afirmou que mulheres, mesmo quando juízas, sofrem preconceito no Poder Judiciário.

Segundo a ministra, o Poder Judiciário continua preconceituoso e machista em relação às mulheres. Carmen Lúcia pontuou que, embora as mulheres tenham acesso à magistratura por meio de concursos públicos, elas enfrentam desigualdades significativas quando se trata de promoções. Ela destacou a sobrecarga de trabalho feminino e classificou o assédio como inconstitucional.

Além disso, a ministra enfatizou a importância de lutar pela igualdade entre homens e mulheres, apontando que não há boa vontade por parte daqueles que detém o poder de repartir este poder de forma equitativa.

A importância da imprensa livre para a realização de eleições democráticas também foi abordada por Carmen Lúcia, que destacou que sem imprensa livre não há eleições democráticas.

Carmen Lúcia também fez um apelo à participação dos jovens nas eleições, enfatizando a importância do processo de votação para a consolidação da democracia no país.

Além disso, a ministra defendeu o princípio da transparência durante as eleições, o que coincide com a cobertura feita pela Folha sobre o TSE alegar segredo de Justiça para negar dados.

Cármen Lúcia deixou o evento sem falar com jornalistas.

No mesmo evento, o ex-presidente da República Michel Temer (MDB) afirmou que não considera que o Supremo invada a competência do Congresso Nacional com suas decisões ou que exista conflito entre o STF e o Legislativo. Temer também discutiu a possibilidade de uma PEC (proposta de emenda Constitucional) que autorize o Legislativo a revisar decisões do tribunal.

Já os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes afirmaram que o texto em tramitação no Senado segue o modelo ditatorial da Constituição de 1937.


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