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Desidratação é o principal risco para idosos em temperaturas elevadas, alerta Sociedade Brasileira de Geriatria

Nesta terça-feira, o Rio de Janeiro registrou uma sensação térmica de 58,5 graus Celsius (°C), um índice de calor extremamente elevado que traz riscos, principalmente para os idosos. De acordo com Leonardo Brando de Oliva, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o principal perigo para os idosos em temperaturas tão altas está relacionado à desidratação.

Oliva explicou que os idosos já são naturalmente mais suscetíveis à desidratação devido à diminuição da quantidade de água no corpo, bem como a redução de alguns mecanismos que protegem contra ela, como o mecanismo da sede, que envelhece à medida que a pessoa envelhece. Assim, mesmo precisando de líquidos, os idosos podem não sentir sede, o que torna mais difícil buscar a hidratação.

Além disso, à medida que envelhecemos, o sistema de regulação da temperatura corporal também envelhece, o que pode dificultar a capacidade do organismo para trocar calor com o ambiente. Isso pode resultar em um funcionamento inadequado do sistema, levando ao adoecimento do idoso.

Para enfrentar as altas temperaturas, é fundamental garantir a hidratação dos idosos, oferecendo líquidos o tempo todo, e optando por opções com sabor, como água de coco, sucos leves ou chá gelado. Além disso, é importante evitar a exposição ao sol, especialmente entre 10h e 16h, e buscar ambientes mais frescos. O uso de roupas leves e adequadas para a temperatura também é recomendado.

O médico alertou que, como os idosos não costumam sentir sede, uma forma de perceber se estão desidratados é através da observação da urina, que pode indicar desidratação quando está mais escura. Dessa forma, é importante oferecer ainda mais líquidos para aqueles que apresentarem essa coloração na urina.

Em resumo, é essencial manter os idosos hidratados e protegidos das altas temperaturas para prevenir possíveis complicações de saúde causadas pelo calor extremo.

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