Calor excessivo pode levar à desidratação e agravar várias doenças, alertam médicos
Marcela também aponta que a exposição solar em excesso ao longo da vida pode resultar em câncer de pele, especialmente a queimadura solar na infância, que acarreta alteração no DNA das células. Ela recomenda cuidado adicional para pessoas com doenças sensíveis à luz, como lúpus, dermatomiosite e dermatite atópica, que podem ser agravadas pelo calor e exposição solar.
O alerta se estende também à endocrinologista Ana Cristina Belsito, do Hospital São Vicente de Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Ela enfatiza a importância de evitar a desidratação, a perda de sódio por meio da sudorese e o risco de deterioração dos alimentos devido às altas temperaturas.
Quanto às complicações cardiovasculares provocadas pelo calor excessivo, o coordenador assistencial do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Alexandre Rouge, destaca a relação entre o aumento da temperatura e o risco maior de doenças cardiovasculares, devido à dilatação dos vasos sanguíneos e à perda de volume sanguíneo no organismo. Ele ressalta a importância da hidratação contínua e evitar atividades físicas durante os picos de calor para prevenir problemas cardíacos.
É notável a recomendação comum entre os especialistas de procurar locais mais frescos, utilizar roupas leves e realizar a fotoproteção, especialmente nos horários de maior exposição solar. Além disso, sintomas como dor no peito, desmaios e palpitações devem ser monitorados e, se persistirem, a busca por um serviço médico é imprescindível.
Em resumo, diante das mudanças climáticas, é fundamental adotar medidas de prevenção e cuidados com a saúde, especialmente nos momentos de maior calor, a fim de minimizar os impactos negativos no organismo humano.
