Assassinato de líderes quilombolas na Paraíba gera indignação e pedidos por justiça e celeridade nas investigações.
Ana Paula, de 29 anos e mãe de três filhos, e Aldecy, de 44 anos e pai de dois filhos, foram alvo de disparos de arma de fogo por dois homens que chegaram em uma motocicleta. Os assassinos alegaram que Aldecy precisava assinar um documento que estava em posse deles. Quando ele desceu as escadas para atender aos homens, foi surpreendido por vários tiros, que também atingiram Ana Paula. Apesar de ter sido levada para o hospital, Ana Paula não resistiu aos ferimentos.
O MST divulgou uma nota pedindo justiça, identificação dos autores e rapidez nas investigações. Este não é um caso isolado, já que no dia 6 de novembro, Josimar da Silva Pereira, também membro do MST, foi assassinado a tiros na cidade de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Este caso também está em fase de investigação.
A morte de Ana Paula e Aldecy trouxe à tona a questão da violência no campo, que ainda é uma realidade enfrentada por aqueles que lutam pela reforma agrária e direitos dos trabalhadores rurais. O MST, assim como outras organizações e movimentos sociais, clamam por justiça e por um ambiente seguro e pacífico para que possam continuar sua luta pelos direitos dos agricultores.
A comunidade quilombola do Livramento, assim como todo o movimento do MST, espera que as autoridades competentes identifiquem e punam os responsáveis por esses assassinatos. A luta pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores rurais não pode ser manchada por atos de violência como esses. É necessária uma resposta efetiva das autoridades para garantir que esses crimes não fiquem impunes.
