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“A Menina que Matou os Pais: A Confissão” encerra trilogia sobre assassinato do casal Von Richthofen no Amazon Prime Video




A Menina que Matou os Pais: A Confissão – Uma análise trilogia no Amazon Prime Video

A trilogia “A Menina que Matou os Pais: A Confissão”, disponível no Amazon Prime Video, encerra um ciclo dedicado ao assassinato do casal Von Richthofen. Em 2002, quando o crime aconteceu, o caso chocou o Brasil. Afinal, não é todo dia que é noticiado um parricídio, quanto mais quando executado por dois irmãos de uma família modesta, os Cravinhos, com a supervisão da própria filha do casal, Suzane.

Na época, a hipótese mais ventilada era a de crime por amor e por dinheiro. Suzane era apaixonada por Daniel Cravinhos, que por sua vez, teria interesse no dinheiro dos Richthofen.

Agora, duas décadas depois, o desfecho desse caso tão intrigante é apresentado na trilogia “A Menina que Matou os Pais: A Confissão”. Os dois primeiros filmes analisam as versões de Daniel e Suzane, que tentam empurrar a culpa um para o outro, criando uma interminável discussão sobre o amor obsessivo de Suzane e a suposta tutela protetora de Daniel.

Contudo, pouca substancialidade é entregue nos dois filmes inaugurais, com cenas repetitivas e uma trama que não avança para além das versões dos envolvidos. A dúvida essencial trazida pelos filmes é: qual dos dois é culpado pela introdução da maconha na relação? Ambas as conclusões concordam que a maconha foi a verdadeira culpada de tudo.

Por fim, o terceiro filme, “A Confissão”, traz um desfecho mais aceitável, deixando de lado as divagações e focando nos fatos do crime e na investigação policial. O desenrolar do enredo leva ao conhecido desfecho: as longas penas de prisão aplicadas aos três criminosos.

De modo geral, a trilogia apresenta um melodrama criminal com muito choro e ranger de dentes, mas pouco a revelar sobre o crime. Além disso, a direção não apresenta inovações visuais significativas, e a trama parece se satisfazer com os arroubos banais de namoros adolescentes. No entanto, alguns atores se destacam, como Carla Diaz, que transita de forma convincente entre a colegial direitinha e a psicopata descompensada.

Em resumo, “A Menina que Matou os Pais: A Confissão” é uma série policial de TV bem escrita, porém limitada em sua abordagem e inovação visual, trazendo um desfecho conhecido e pouca revelação sobre o crime em si. Talvez, a menção aos hábitos bolsonaristas no terceiro filme aponte para uma tentativa dos roteiristas de contextualizar o enredo em questões atuais.


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