
Banco Central analisa novas propostas para o modelo e as taxas do rotativo de cartão de crédito
No dia 7 de dezembro, o Banco Central recebeu novas propostas da Abranet (Associação Brasileira de Internet) e da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) para a discussão sobre o modelo e as taxas do rotativo. As alternativas foram apresentadas por entidades que participaram da segunda reunião sobre o tema, realizada em São Paulo.
A Abranet propôs que a fatura do cartão de crédito vencida pode ser reparcelada, somando-se à fatura dos meses seguintes, com juros menores do que os do rotativo, sugerindo que a inadimplência não é fruto do parcelamento, e sim do aumento do crédito ofertado, especialmente para a população de baixa renda.
Já a Abecs sugeriu encurtar o prazo que o cliente que não paga a fatura permanece no rotativo, que hoje é de 30 dias. Isso poderia reduzir o impacto dos juros, que hoje está em 441,1% ao ano. A Abipag apresentou estudos que indicam que o parcelado sem juros não está relacionado ao aumento no risco no crédito.
Porém, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) defende que o crédito parcelado sem juros possa ser feito em até seis vezes, de modo a reduzir o risco dos bancos emissores.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se comprometeu a estudar de forma detalhada e fazer simulações de todas as propostas e levar os dados a uma próxima reunião, ainda sem data marcada. As entidades têm até o fim de dezembro para chegar a uma autorregulação em relação ao juro do rotativo, caso contrário, entrará em vigor a regra da lei do Desenrola que limita essa taxa a 100% do valor devido.
A reunião entre os representantes do setor de pagamentos ocorreu em outubro, onde o Banco Central levantou a proposta inicial de limitação do parcelamento sem juros a 12 vezes. A limitação poderia ser progressiva, indo a nove, e depois a seis meses.
Fonte:
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