Banco do Brasil alcança lucro recorde de R$26,1 bilhões nos nove primeiros meses do ano, revelam dados divulgados.

O banco também citou a diversificação das receitas, principalmente de serviços, e o controle dos gastos como fatores que contribuíram para esse resultado positivo. Apenas no terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 8,8 bilhões, 4,5% a mais do que no mesmo trimestre do ano passado e 12,8% a mais do que o trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) alcançou 21,3%, um índice semelhante ao de bancos privados.
Parte desse crescimento é atribuída ao aumento do crédito. A carteira de crédito ampliada encerrou setembro em R$ 1,07 trilhão, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior e 2% em relação ao trimestre anterior. No entanto, o índice de inadimplência subiu de 2,73% em junho para 2,81% em setembro, refletindo a alta nos juros, mas ainda abaixo da média de 3,5% do sistema financeiro nacional.
O Banco do Brasil também divulgou o desempenho por segmentos de crédito, com destaque para o crédito consignado na carteira pessoa física ampliada, que apresentou crescimento de 8,9% em 12 meses. Para empresas, a carteira pessoa jurídica ampliada teve um crescimento de 4,7% em 12 meses, com um desempenho destacado na carteira para micro, pequenas e médias empresas, que cresceu 14,2% em 12 meses.
No setor do agronegócio, o crédito também expandiu, registrando alta de 18,2% em relação ao ano anterior, com destaque para as operações de custeio (+18,9% em 12 meses) e de comercialização (+64,9% em 12 meses). Além disso, as operações de crédito sustentáveis atingiram R$ 338,8 bilhões, correspondendo a 32% da carteira de crédito ampliada.
O Banco do Brasil destacou o crescimento das receitas de prestação de serviços e as despesas administrativas, que subiram 8% devido a investimentos em tecnologia. As projeções para o ano de 2023 foram mantidas, com uma estimativa de lucro ajustado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões, um crescimento do volume de crédito entre 9% e 13% e um aumento de 4% a 8% nas receitas com serviços. As despesas administrativas devem ter um aumento entre 7% e 11% ao longo do ano.