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Presidente do Inep defende questões do Enem 2023 criticadas por ruralistas e reafirma critérios técnicos na elaboração das perguntas.







Críticas do agronegócio no Enem 2023

Críticas de ruralistas a questões do Enem 2023 que abordam o agronegócio

Diante de críticas de ruralistas a questões do Enem 2023 que abordaram o agronegócio, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Manuel Palácios, defendeu as perguntas do exame e disse que elas não pedem que o estudante concorde com os temas abordados, mas sim que compreenda o que os textos dizem.

De acordo com Palácios, as críticas da Frente Parlamentar da Agropecuária, que pediu a anulação de duas questões sobre a Amazônia e o Cerrado, estão baseadas em um viés ideológico e sem critério científico. No entanto, o presidente do Inep destacou que as perguntas caíram no primeiro dia do Enem, que começou no domingo (5) e continua no próximo (12), e que não há motivos para anular os itens.

Palácios deve comparecer à comissão de Educação da Câmara nesta quarta-feira (8) para falar sobre os questionamentos. Ele ressaltou que todos os procedimentos do exame são ancorados em normas, e que os professores responsáveis pela elaboração das questões foram selecionados em edital público realizado em 2020, ainda no governo Bolsonaro.

O presidente do Inep lembrou também que as questões do Enem são produzidas por professores universitários a partir de editais elaborados pelo governo, e passam por um longo processo de revisão e validação por uma comissão. As questões são pré-testadas para calibrar atributos e seguem a Teoria de Resposta ao Item, um modelo matemático adotado no Enem.

Um ponto importante trazido por Palácios é o fato de que questões polêmicas do Enem, que já foram alvo de Bolsonaro e aliados, tiveram qualidade técnica para avaliar competências, mostrando eficiência ao apontar os melhores candidatos. No caso do Enem 2023, as duas questões criticadas trazem trechos adaptados de artigos científicos, pedindo que os participantes interpretem o que os autores quiseram transmitir.

A discussão em torno das questões do Enem reflete a polarização política no país e coloca em pauta a importância da liberdade de pensamento e análise crítica por parte dos estudantes. É essencial que as avaliações busquem a imparcialidade, a objetividade e a representatividade de diferentes visões e perspectivas, contribuindo para uma formação mais completa e plural.


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