Ministro da Fazenda vê chances de promulgação da reforma tributária ainda este ano, apesar do prazo curto e nova votação.
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Durante a votação em primeiro turno no Senado, a proposta recebeu 53 votos a favor e 24 votos contra, uma margem de apenas quatro votos a mais que o necessário. O ministro lamentou a politização do debate e afirmou que a oposição contra a reforma tributária polarizou o tema, que, segundo ele, é uma questão de interesse nacional.
Haddad agradeceu aos senadores e deu nota 7,5 para o texto aprovado em primeiro turno. Ele destacou que, apesar de não ser a nota máxima, a reforma tributária poderá trazer investimentos para o Brasil e aumentar as exportações. O ministro elogiou um dispositivo incluído pelo Senado que permitirá a revisão de regimes especiais a cada cinco anos, o que, segundo ele, poderá fazer a reforma tributária chegar à nota 10.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da PEC, comentou que a votação em primeiro turno foi histórica, sendo a primeira vez que o Senado aprova uma reforma tributária no regime democrático. O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, também se mostrou contente com a aprovação no Senado, mesmo com o placar apertado.
O Senado já está se preparando para a votação da PEC em segundo turno. Durante a votação dos destaques no primeiro turno, apenas uma emenda foi aprovada, estendendo a vigência do Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica do Estado do Amazonas para os demais estados da Região Norte.
Fernando Haddad disse acreditar que seja possível a promulgação da reforma tributária ainda este ano, apesar da necessidade de uma nova votação na Câmara dos Deputados. Ele destacou a importância da proposta para o Brasil e demonstrou confiança na próxima etapa da tramitação no Congresso.