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Guerra entre Israel e o Hamas completa um mês, com mais de 10 mil mortos e sem perspectiva de cessar-fogo

O conflito entre Israel e o Hamas completa um mês nesta terça-feira (7) e já se configura como o mais grave em 75 anos de história. Até o momento, mais de 10 mil palestinos foram mortos, sendo 4.104 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Por parte de Israel, cerca de 1.400 pessoas morreram, sendo a maioria civis, e 240 ainda são mantidas como reféns, segundo o governo israelense.

A guerra no Oriente Médio tem chamado a atenção do mundo inteiro, que se mobiliza em busca de um cessar-fogo, porém, sem sucesso até o momento. A Organização das Nações Unidas (ONU) e diversos líderes internacionais têm apelado por uma trégua entre as partes envolvidas, mas as negociações têm apresentado poucos resultados.

O início deste conflito ocorreu no dia 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque sem precedentes contra os israelenses. As ações foram realizadas por mar, ar e terra, e incluíram ataques a um festival de música, invasão de kibutzim e sequestro de reféns. Centenas de civis israelenses foram mortos e feridos durante o ataque.

Em resposta, Israel acionou suas forças de segurança e declarou guerra ao Hamas, dando início à Operação Espadas de Ferro. Desde então, o país tem realizado ataques aéreos diários à Faixa de Gaza, onde estão localizadas as bases do grupo palestino. Israel impôs um bloqueio completo à região, impedindo a entrada de água, comida e combustível. Além disso, a população local foi forçada a deixar o norte de Gaza e se deslocar para o sul. Mais de 300 mil reservistas foram convocados pelas autoridades israelenses.

Enquanto isso, o Hamas tem ameaçado executar reféns israelenses a cada novo bombardeio em Gaza. O grupo também tem realizado contra-ataques a partir de túneis subterrâneos.

A situação humanitária em Gaza é extremamente preocupante, com hospitais, escolas e abrigos de refugiados sendo atingidos pelos ataques. A falta de água, alimentos, remédios, energia, internet e combustível tem deixado a população local em uma situação desesperadora. Embora Israel tenha permitido a entrada de ajuda humanitária em caminhões vindos do Egito, especialistas argumentam que o volume é insuficiente.

Desde o início dos confrontos, a comunidade internacional tem apelado por um cessar-fogo imediato para que os civis possam receber auxílio e serem retirados da região do conflito. No entanto, Israel tem negado a possibilidade de encerrar os bombardeios na Faixa de Gaza e condiciona um acordo de trégua à libertação de todos os reféns pelo Hamas.

O Conselho de Segurança da ONU, composto pelos Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, tem se reunido repetidamente para discutir as ações a serem tomadas em relação ao conflito, mas não chegou a um consenso. Durante seu mandato à frente do Conselho de Segurança, o Brasil liderou tentativas de acordo entre os países-membros, mas todas as propostas de resolução foram rejeitadas.

Enquanto os líderes políticos buscam uma solução diplomática, a tragédia continua a se desenrolar no Oriente Médio, com mais mortes e sofrimento da população. A esperança é que um acordo de paz seja alcançado em breve e que a região consiga se recuperar desse período de violência sem precedentes.

*Com informações das agências Reuters, Lusa e RTP.

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