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China vê retomada econômica: Importações registram aumento, pondo fim a 11 meses consecutivos de declínio

Importações na China sobem após 11 meses seguidos de queda

Após uma sequência de 11 meses de declínio, as importações na China mostraram um crescimento sólido em janeiro deste ano, surpreendendo os analistas. Esses dados são um indício de que a segunda maior economia mundial pode estar se recuperando do impacto causado pela pandemia de COVID-19.

De acordo com os números divulgados pela Administração Geral das Alfândegas da China na última quarta-feira (10), as importações aumentaram 6,5% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 192,1 bilhões em janeiro. Esse crescimento superou as expectativas dos especialistas, que estimavam uma queda em torno de 10%, como ocorreu em dezembro.

Os dados também são um indicativo de uma demanda interna cada vez maior por produtos estrangeiros, principalmente commodities essenciais para a indústria e para o consumo doméstico. Além disso, o aumento nas importações sugere um otimismo crescente do setor empresarial chinês em relação à recuperação econômica global.

Entre as principais categorias de importação que apresentaram crescimento em janeiro estão: petróleo bruto, minério de ferro e grãos. O petróleo bruto registrou um aumento de 14,8% em relação ao ano anterior, atingindo 42,05 milhões de toneladas. O minério de ferro teve um incremento de 9,5% em importações, totalizando 100,33 milhões de toneladas, enquanto os grãos aumentaram 12,8% e atingiram 10,51 milhões de toneladas.

Esses números mostram que o setor industrial da China está se recuperando, com uma demanda crescente por matérias-primas. Isso também pode indicar uma retomada da atividade econômica na China, que registrou uma queda de 6,8% no PIB no primeiro trimestre de 2020, devido ao impacto da pandemia.

No entanto, os analistas alertam que é necessário um acompanhamento contínuo desses indicadores, pois a incerteza em relação ao cenário econômico global ainda permanece. Possíveis novos surtos de COVID-19 e restrições comerciais impostas por outros países podem afetar negativamente a recuperação do comércio internacional.

Apesar disso, a recuperação das importações na China é uma notícia promissora para a economia global, uma vez que o país desempenha um papel fundamental no comércio internacional. A China é a maior consumidora de commodities, como petróleo e minério de ferro, e uma retomada na demanda chinesa pode impulsionar a recuperação de outros países exportadores desses produtos.

Com isso, resta acompanhar como essas tendências se desenvolverão nos próximos meses e se a China será capaz de manter seu crescimento nas importações, impulsionando assim a sua economia e a do restante do mundo.

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