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Governador do Rio de Janeiro prende 12 pessoas por incendiar ônibus e as classifica como “ações terroristas”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou hoje que 12 indivíduos foram presos por perpetrarem “ações terroristas”, após incendiarem pelo menos 35 ônibus e um trem da SuperVia. Castro enfatizou que esses criminosos serão encaminhados imediatamente para presídios federais, destacando que esses locais são destinados a terroristas.

De acordo com as autoridades policiais, os ataques foram executados por um grupo de milicianos em retaliação à morte de Matheus da Silva Resende, também conhecido como Teteu ou Faustão, de 24 anos, que era vice-líder do bando. Resende foi morto horas antes em um confronto com policiais civis em uma favela de Santa Cruz, na zona oeste do Rio.

Resende era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, líder do principal grupo miliciano do Rio desde 2021, de acordo com informações da polícia. Faustão ocupava a segunda posição na hierarquia do grupo, segundo as autoridades.

O sindicato das empresas de transporte coletivo na capital fluminense, Rio Ônibus, informou que este foi o maior número de ônibus incendiados em um único dia na cidade.

O governador Castro ressaltou a união e atuação das forças de segurança, afirmando que a luta é para libertar a população dessas facções e milícias. É importante destacar que, atualmente, a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal foram enviadas ao Rio de Janeiro para auxiliar as forças locais devido ao aumento da criminalidade.

Segundo fontes do governo estadual, a possibilidade de utilização das Forças Armadas no combate ao crime no Rio também está sendo discutida com o governo federal.

Os incêndios provocados pelos ataques impactaram a circulação dos transportes coletivos na zona oeste, região mais populosa da capital. As linhas do corredor Transoeste foram interrompidas por questões de segurança pública, de acordo com a MobiRio.

Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus, enfatizou que o episódio evidencia a inação do Estado diante desses atos de violência extrema, onde o direito de ir e vir dos cidadãos é deixado de lado. O sindicato repudiou veementemente o ocorrido e pediu urgentemente que as autoridades públicas tomem providências para acabar com essa situação.

No início da noite, a prefeitura decretou estágio de atenção devido aos acontecimentos.

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