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Ataques criminosos no Rio de Janeiro causam caos no comércio, nas escolas e no trânsito da zona oeste

Os ataques ocorridos nesta segunda-feira na zona oeste do Rio de Janeiro tiveram sérias consequências para o funcionamento do comércio, das escolas e para o trânsito na região. Moradores e trabalhadores da área relataram a ausência de transporte público e os congestionamentos em várias vias. Catita Leal Cesario, moradora do bairro Santa Cruz e trabalhadora da Escola Municipal Bertha Lutz em Guaratiba, disse que a primeira preocupação foi avisar os pais e organizar a saída dos alunos, mas a volta para casa foi difícil.

A ação dos criminosos se deu após a morte de um miliciano em uma operação policial, resultando na queima de 35 ônibus e um trem. Isso bloqueou várias vias e levou ao fechamento de algumas estações de trem e à paralisação de linhas de ônibus do BRT. Testemunhas relataram a falta de policiamento na região e o esvaziamento do comércio. Nas redes sociais, várias postagens e imagens mostraram as dificuldades de deslocamento, inclusive um vídeo de moradores retornando para casa em um caminhão cegonha.

As pessoas enfrentaram dificuldades para voltar para suas casas. Alguns tiveram que pagar preços exorbitantes por transporte alternativo e até mesmo o Uber estava com preços elevados e os motoristas se recusavam a fazer as corridas. Enquanto isso, familiares e amigos manifestaram preocupação com a situação de seus entes queridos nas ruas da cidade.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro informou que os incêndios afetaram vários bairros, como Guaratiba, Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba e Campo Grande. Novos ataques foram registrados em outros bairros, incluindo um ônibus sendo queimado em Inhoaíba com passageiros dentro, que tiveram que escapar pela porta traseira. Diante dos acontecimentos, o município declarou estágio de atenção, recomendando que as pessoas evitem os locais afetados. Escolas suspenderam as aulas e algumas já anunciaram que não abrirão as portas no dia seguinte.

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) cancelou as avaliações acadêmicas e as aulas deverão ser realizadas de forma remota. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por sua vez, informou que suas atividades estão mantidas, mas estudantes e servidores moradores das áreas afetadas terão suas ausências abonadas.

O governador do estado, Cláudio Castro, admitiu que as forças de segurança foram pegas de surpresa e anunciou um plano de contingência para evitar futuros ataques. Até o momento, foram confirmadas 12 prisões de suspeitos envolvidos nos incêndios. Já o prefeito Eduardo Paes se manifestou pelas redes sociais, pedindo uma resposta firme das forças policiais e a atuação do governo estadual e do Ministério da Justiça para evitar a repetição desses atos.

Os ataques criminosos na zona oeste do Rio de Janeiro geraram um caos na região, afetando o cotidiano dos moradores, o funcionamento do comércio local, o transporte público e o tráfego nas vias. As consequências desses atos de violência são sentidas por todos e revelam a necessidade de ações efetivas das autoridades para garantir a segurança da população e a ordem pública.

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