Durante seu discurso, Massa também fez referência a falas de Milei que contribuíram para sua popularidade, porém, também foram utilizadas pelos adversários para apontar seu lado radical. Para rebater essas declarações, Massa afirmou: “Estou convencido de que esse não é um país de merda como têm dito, mas que esse é um grande país”.
Além disso, o atual ministro da Economia adotou um tom conciliador, direcionando sua mensagem também aos eleitores que votaram em branco ou em outros candidatos. Ele afirmou que esses eleitores compartilham com ele valores como educação pública e a independência de Poderes.
Massa também aproveitou para convocar a formação de um governo de unidade nacional, com o objetivo de construir uma indústria argentina forte, em contraposição àqueles que defendem a abertura indiscriminada das importações. Ele também destacou a importância de uma educação pública, gratuita e de qualidade, em oposição aos defensores de vouchers para os filhos dos argentinos.
Com uma diferença de aproximadamente 6 pontos percentuais, Massa terminou o primeiro turno na frente de Milei. O segundo turno está agendado para o dia 19 de novembro. No entanto, Massa ainda corre o risco de que a terceira colocada nas eleições, Patricia Bullrich, que obteve cerca de 23,8% dos votos, alie-se a Milei.
No entanto, mesmo com o fortalecimento de Massa, o peronismo registrou sua pior votação em 40 anos de democracia. De acordo com o analista político Gustavo Córdoba, diretor da empresa de pesquisas Zurban Córdoba, esse resultado pode ser atribuído à atuação dos governadores e militantes peronistas espalhados pelo país, ressaltando a importância da territorialidade na Argentina.
Córdoba destaca que o segundo turno é uma eleição completamente diferente e cita o caso de Mauricio Macri, que em 2015 terminou triunfando mesmo após ficar em segundo lugar no primeiro turno. Portanto, é preciso observar como o cenário político se reconfigurará e o que acontecerá com o Juntos pela Mudança e os eleitores de Bullrich.
