Papa Francisco afirma que guerra é inimiga do diálogo universal em entrevista exclusiva à agência Télam
O diálogo universal, segundo o papa, é essencial nos dias de hoje, especialmente com todas as facilidades de comunicação que existem. Francisco fala sobre a importância do encontro universal e a harmonia universal, ressaltando que a guerra é o inimigo disso. Ele acredita que a exploração e o controle territorial são algumas das origens da guerra. Além disso, o papa menciona as ditaduras como promotoras de guerras, tanto as declaradas quanto as não declaradas.
Outro ponto importante abordado na entrevista é a forma como as crises podem gerar crescimento tanto para uma família quanto para um país ou uma civilização. O papa destaca que as crises são como vozes que nos dizem onde devemos proceder e que se forem resolvidas adequadamente, podem levar ao crescimento.
Francisco critica a ideia de um Messias que possa resolver os conflitos. Para ele, o Messias foi apenas um e já nos salvou. Ele enfatiza a importância de enfrentar os conflitos e resolvê-los, em vez de esperar por um Messias externo que venha nos salvar. O pontífice considera que gerenciar os conflitos é uma sabedoria e que sem eles, não podemos avançar.
Além disso, o papa também condena a exploração do trabalho e a contratação de trabalhadores sem carteira assinada, que acaba levando à escravidão. Ele ressalta que o trabalho deve conferir dignidade e não escravidão.
A entrevista foi concedida à presidenta da Télam, Bernarda Llorente, em setembro, antes do conflito entre o grupo Hamas e Israel, que começou em 7 de outubro. A TV Brasil, parceira dos canais públicos argentinos, apresentará os principais trechos da entrevista neste sábado, às 19h30.
