Ministro brasileiro participa de encontro no Cairo para discutir a crise humanitária em Gaza.
“A expectativa é que se crie uma consciência de que é chegado o momento de pôr um ponto final a este derramamento de sangue e a essa guerra que, no fundo, afeta todo o mundo”, afirmou o chanceler brasileiro. Sua presença no encontro é uma representação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Diversos países participantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), além de membros permanentes desse órgão e países do mundo árabe, participaram da cúpula no Cairo. É importante ressaltar que, durante o mês de outubro, o Brasil está ocupando a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU.
Antes de partir para o Cairo, Vieira já havia discursado em Nova York, durante a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no qual destacou a importância de se adotar medidas de ajuda humanitária para amenizar o sofrimento do povo de Gaza.
“Não é possível mais que continuem com uma carência absoluta de todos os víveres, de todas as necessidades, de água. Precisamos discutir essa questão antes que a situação se transforme num problema humanitário de maior volume ainda”, reiterou o chanceler.
No encontro em Cairo, serão discutidas as questões referentes ao conflito, como os atos do Hamas contra Israel e também a reação do Estado israelense a esses atos de violência. Estima-se que aproximadamente 4,4 mil pessoas tenham sido vítimas desse conflito do lado palestino, enquanto cerca de 1,4 mil pessoas do lado israelense.
Além disso, é importante mencionar que, no dia 9 de outubro, o Hamas fez 201 pessoas reféns e as levou para a Faixa de Gaza. Na última sexta-feira, duas cidadãs norte-americanas foram as primeiras reféns a serem libertadas. Essas questões também serão debatidas durante a cúpula.
O Brasil se mantém engajado na busca por uma solução pacífica e humanitária para a crise em Gaza, acreditando que é necessário um consenso internacional para encerrar tanto a violência do Hamas quanto a resposta de Israel. A esperança é de que medidas efetivas sejam adotadas para garantir o fornecimento de alimentos, água e suprimentos básicos para a população e evitar o agravamento da situação humanitária na região.
